terça-feira, 13 de outubro de 2009

O QUE É NAMORAR?


Namorar é um aprendizado, um exercício das potencialidades do coração humano criado para amar. Namoro é uma busca pessoal e inter-pessoal da própria capacidade de se doar e se pôr a serviço de alguém como um dom, uma oferta de felicidade; como uma real ajuda para completar alguém em seu ser, para ajudar alguém a realizar em plenitude sua vocação e razão de viver. É este período e forma de relacionamento, para verificarem a própria capacidade de mútua doação. Assim, namorar é uma maneira típica de amar, distinta de outros tipos de amor, como por exemplo, o amor conjugal.
Amigos(as) jovens: propiciar felicidade ao outro é muito mais do que horas de encantamento, romantismo, curtição, sensações, emoções fortes, paixão...
Tempo de namoro é tempo precioso de revelação mútua, não tanto de coisas e características superficiais, mas do mistério profundo de suas pessoas humanas. É processo de auto e mútuo conhecimento do que cada qual é e quer ser.
Mais do que fascinação por uma beleza especial, mais do que a irresistível atração... mais do que deslumbramento que procura agradar com palavras bonitas, mais do que encantamento por ter sido escolhido(a) ou desejo de possuir alguém como um objeto...
Deslumbramento e sedução; arrepios e tudo mais é necessário e belo em quem ama, mas para ajudar a amar. É como o murmúrio de Deus que te convida a sair de sua casa fechada e ir ao encontro do outro; amar é, pois, muito mais, e o namorar deverá descobri-lo.
É querer o outro livre e não escravo, ajudá-lo a se libertar do egoísmo e caprichos infantis para que ambos possam dizer um ao outro “te amo” ser serem levados apenas por seus desejos e impulsos.
Namorar será aprender sempre melhor a dar sem objetivo de receber troco, é confiar tanto em alguém a ponto de preparar uma fidelidade para a vida inteira, é preparar-se para um projeto de vida para toda a vida, para um compromisso que dure sempre. Por tudo isso, namorar é um exercício para jovens já amadurecidos em idade e em espírito.

CIÚME É NORMAL?

É importante pensar em alguns assuntos que dizem respeito ao relacionamento homem e mulher. Um deles é o ciúme. Você já sentiu ciúme ou se perguntou até que ponto esse sentimento está fazendo bem para você e para a pessoa com quem você namora? Até Deus sentiu ciúme de seu povo, pois o amou de maneira ciumenta (cf. Dt 5, 9). Porém, corremos o risco de interpretar esta passagem bíblica de maneira equivocada. Esse versículo tem como finalidade expressar a grandeza do amor de Deus por nós: um amor zeloso, cuidadoso, preocupado. Muitos tentaram explicar esse sentimento. Alguns poetas costumam dizer que “o ciúme é o tempero do amor”. O fato é que gostamos de saber que a pessoa que amamos sente ciúmes de nós. Isso faz nos sentir amados e seguros, o que, no entanto, é um engano.
Alguns ramos da psicologia afirmam que o ciúme "é uma reação frente a uma ameaça real ou imaginária, o risco de perder a pessoa amada. Ele expressa insegurança, ou mesmo projeções de experiências negativas vividas no campo da afetividade em outros relacionamentos ou ainda por imaturidade emocional ou baixa auto-estima". O ciúme é um sentimento que está em nosso interior. Todos podemos senti-lo em algum momento da vida. Assim como os outros sentimentos que fazem parte do nosso cotidiano, é preciso aprender a lidar com ele para que ele não domine as situações e venha a atrapalhar o relacionamento. Para neutralizar os efeitos do ciúme é preciso crescer na partilha dos sentimentos, da história e confiar. Deixando as desconfianças e medos e dando mais espaço ao zelo e ao cuidado.

ORAÇÃO DOS NAMORADOS



Sabe, Cristo, a gente está amando...
Você foi alguém que amou,
E como amou!
Amar é estar junto de quem se ama.
Fisicamente, se possível;
Espiritualmente, sempre.
Por isso, Cristo,
Não deviam dar tantos títulos pra Você...
Deviam dizer que Você amou,
Simplesmente.

A gente está amando, Cristo.
É sensacional, sabe?
Só que, às vezes, a gente fica em dúvida,
Fica naquela de não saber
Se está amando ou só gostando.
Gostar, a gente gosta de coisas,
Amar, a gente ama gente!

Pra amar é preciso ter coragem;
Porque amar é assumir o outro, todo, inteirinho,
Com suas qualidades e com seus defeitos, não é mesmo?
Se a gente fica só no gostar,
Os defeitos vão obscurecendo as qualidades,
Mais e mais, e de repente, o “grande amor” já era!

Cristo, que a gente tenha a coragem de amar,
Amar mesmo, como Você amou.
Continua com a gente enquanto a gente está namorando, está amando.

E obrigado, Cristo,
Obrigado porque a gente se conheceu.

SOBRE PE. RIVALDO, IDEALIZADOR DA PASTORAL DOS NAMORADOS


RETROSPECTIVA DA VIDA PASTORAL DO PE. RIVALDO

Aos 27 dias do mês de fevereiro de 1972, nasce na cidade de Jardim de Piranhas Rivaldo Pereira Dantas, filho de Seu João Davi Dantas e D. Francisca Dalila Dantas.
Teve uma infância rural, no Sítio Lagoa Rachada, convivendo com as riquezas e dificuldades da vida de sertanejo e, como fruto de uma família cristã, foi educado desde cedo na fé, recebendo a influência religiosa dos familiares, principalmente da avó D. Vicência Freire.
Ainda criança precisou vir morar na cidade para estudar, porém sempre dava um jeito de “fugir” para os passeios no campo e banhos de açude.
Sua história de formação religiosa teve continuidade com a catequese e grupo de coroinhas, recebendo neste período a grande influência das Irmãs do Bom Pastor de Quebec, irmã Aline e irmã Dione, despertando em seu coração o desejo que posteriormente o levaria à descoberta de sua vocação.
Em 1991 ingressou no Seminário Santo Cura D’ars, em Caicó, onde permaneceu por 3 anos. Nas férias do seminário costumava ir para a cidade de Jucurutu, onde o então Pároco Pe. Neto lhe oferecia acolhida, orientação, representando em sua caminhada rumo ao sacerdócio um apoio fundamental.
Sua história de vocação tem continuidade no Rio de Janeiro, onde ficou de 1994 a 1999, no Seminário Maior São José.
Sua chegada a esta terra de São Sebastião deu-se ainda no ano de 1999, já como diácono, onde viveu os últimos momentos de preparação para sua ordenação, fazendo seu estágio pastoral e retiro espiritual.
No dia 13 de maio de 2000, na Matriz de Nossa Senhora dos Aflitos, em Jardim de Piranhas, pela imposição das mãos do Bispo D. Jaime Vieira Rocha, “vede que grande presente de amor o Pai nos deu” (1Jo 3,1), ordena-se o Pe. Rivaldo para viver mais 6 anos de doação e serviço a esta paróquia.
Acolhido como neo-sacerdote nesta comunidade, recebeu inicialmente o apoio da Pastoral Familiar através das Equipes de Nossa Senhora, tendo centrado seus trabalhos pastorais no Santuário de Nossa Senhora de Fátima, por indicação do então Pároco Pe. Neto.
Fundou o Grupo de Coroinhas, a Banda Boa Nova, a Pastoral dos Namorados, os Grupos de Evangelização de Casais nas comunidades rurais, impulsionou as outras pastorais já existentes tanto na zona rural como na zona urbana, desenvolvendo um trabalho de formação espiritual que aflorou de seu maior carisma, seu dom inegável da palavra, capaz de ouvir, aconselhar com sabedoria, orientar, tornando-se para esta comunidade um verdadeiro “Ministro da Felicidade”, como tão bem colocou o Pe. Gleiber em sua pregação nesta festa.
Das sementes lançadas pelo Pe. Rivaldo têm surgido muitos frutos nas famílias, em meio aos jovens e crianças, de onde despontam vocações e lideranças que tornam esta paróquia cada vez mais viva e atuante.
Com a saída do Pe. Neto para Roma, assume esta paróquia o Pe. Alcivan Tadeus, que o incumbiu de algumas atividades, inclusive de enriquecer nossas manhãs com a Palavra de Deus, preparando-nos para “amanhecer na fé”.
Dentre estas novas atividades, assumiu a área pastoral de Santana do Seridó, colaborando com a reestruturação dos grupos e pastorais lá existentes.
Diante de todo carisma, dinamismo, empenho demonstrado pelo Pe. Rivaldo no desenvolvimento de suas atividades e, por necessidade da igreja de um padre com estas e tantas outras qualidades, o novo Bispo D. Delson o nomeou pároco da Paróquia de Nossa Senhora dos Aflitos, de Jardim de Piranhas, devolvendo com justiça e sabedoria o presente que outrora aquela comunidade nos ofereceu.
A vocação sacerdotal do Pe. Rivaldo é uma bênção para esta paróquia, para esta diocese, pois seu testemunho nos anima a alimentar a fé através da eucaristia, a promover a partilha na comunidade, a viver com entusiasmo os ensinamentos de Cristo, transmitindo-nos a sua terna devoção a Maria e admiração por Santa Tereza de Ávila, que em uma de suas frases traduz o sentimento de um sacerdote que vive sua vocação com zelo e fidelidade: “Por obediência irei ao fim do mundo”.
Felizmente Deus não o enviou para tão longe, de forma que poderemos sempre nos reencontrar e mantermos a relação de estima e cuidado que deve existir entre o pastor e seu rebanho. Que o Espírito Santo renove a cada dia suas forças e sua vontade de viver intensamente o santo Sacramento da Ordem, que Nossa Senhora dos Aflitos o guarde das tentações e o fortaleça nas provações e que Santa Tereza de Ávila o lembre sempre de que o Senhor ajuda aqueles que se decidem a trabalhar pela sua glória.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

HISTÓRIA DA PASTORAL DOS NAMORADOS EM PARELHAS

Durante sua atuação em Parelhas como Vigário Paroquial, o Pe. Rivaldo acompanhou vários jovens e adolescentes, envolvendo-os em grupos de formação como Coroinhas e Banda Boa Nova.
Observando e acompanhando estes jovens, percebeu que muitos vivenciavam a experiência do namoro e que necessitavam de uma orientação mais específica, foi aí que surgiu a idéia de formar Grupos de Jovens Namorados, onde os mesmos pudessem se encontrar para trocar idéias, partilhar suas dificuldades e conquistas e receber formação orientados por coordenadores e um conselheiro espiritual.
A idéia foi acatada e apoiada pelo Pároco Alcivan que, juntamente com o Pe. Rivaldo, convidou alguns casais integrantes das Equipes de Nossa Senhora para coordenar os grupos.
Abertas as inscrições, muitos jovens aderiram ao novo projeto, formando-se quatro grupos com aproximadamente dez casais em cada um. Após o primeiro encontro com todos os grupos, as reuniões passaram a acontecer nas residências dos próprios jovens, como forma de envolver as famílias dos mesmos, buscando parceria e apoio para o trabalho.
Ao longo desta caminhada, prestes a completar seis anos, muitos encontros foram realizados: reuniões mensais de formação onde abordamos temas relacionados ao namoro, família e vivência cristã, palestras com temas relacionados à Campanha da Fraternidade, sexualidade e afetividade, seminários sobre drogas e doenças sexualmente transmissíveis, retiros, momentos de Adoração ao Santíssimo Sacramento, celebrações, comemorações do Dia dos Namorados, São João, Natal, lazer, etc., muitos temas foram debatidos, Evangelhos partilhados, experiências vividas, laços de amizade e confiança foram criados e aprofundados. Testemunhamos tantas vitórias e também angústias: namoros terminados, noivados assumidos, casamentos realizados, aquele que passou no vestibular, a que conseguiu o primeiro emprego, o ente querido que se foi... colocamos em comum nossos medos e ansiedades, sonhos e projetos: “Quando dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, Eu estarei no meio deles”. A cada novo encontro experimentamos a graça de estarmos unidos ao Senhor, libertando-nos do “EU” para construir o “NÓS”.
A Pastoral dos Namorados encontra-se sempre pronta a acolher novos integrantes, aqueles que ousam optar pelo diferente e vivem o namoro com a seriedade e o compromisso que esse relacionamento exige, afinal: "Quem faz do amor um passatempo, descobre que com o tempo, passa o amor!"
Hoje contamos com a orientação do Pe. Emanuel e com a colaboração dos demais padres da paróquia e caminhamos com a certeza de que uma boa semente foi plantada e, se de toda boa semente germina uma boa árvore, toda boa árvore produz bons frutos.